Ela quer ir atrás do desconhecido. Mas o conhecido prende-a. Atormenta-a. Ela passa na rua e reconhece todos. Aparece sozinha onde a música a leva, mas nunca está sozinha. Depara que, no entanto, se sente sozinha. Porque na realidade está. Ela já não acredita no amor. Mas lá no fundo ela corre sempre atrás dele. Ela aparece porque pensa que a sua presença é importante. Mas na realidade é a presença dos outros à sua volta. E quando está sozinha tem sempre a esperança de que alguém a encontre, porque no silêncio ela esconde-se. Ela sente-se encurralada, esteja onde estiver. Porque tudo o que ela quer é sentir amor. Ela perde-se e encontra amor em desconhecidos. Desconhecidos com a mesma vontade de sentir algo, além de amor desconhecido. Encontrar-se no meio da confusão parece tornar-se difícil. Ela procura a confusão do desconhecido.
Eu escrevo por mim. Para outros e para mim. Textos que foram enviados ou nunca antes lidos. Escrevo para me encontrar, para me compreender e para me curar. Sou uma rapariga de 21 anos que ama escrever mas que nunca teve a coragem de partilhar os seus textos privados, até agora...